o sol nasceu
a festa acabou
o mendigo decerto ainda não acordou
o galo cantou
e ainda canta
irmanando- se à manhã que se levanta
João Cabral, Caio Fernando
Eli, Drummond.
O borbond secou,
a garota deu
não pra mim
a outra sim,
o cara bateu
o outro matou
o povo cantou
e aquele bebeu
o sangue o vômito
o lixo a solidão
o outro acordou.
e nem olhou.
o amor mudou;
no japão escureceu
e aqui a luz entrou
o dia raiou.
meu amor é o mesmo
a minha mente imaginou,
meu peito desejou
e nada aconteceu.
pelo menos hoje. a noite acabou
a madrugada passou
a estrela se escondeu
o cara bebeu bebeu bebeu
e chorou
como um palhaço sem coreto
um arquiteto sem teto
um pintor sem objeto
um andarilho sem seu traje de feltro.
Cães eletrônicos latem
na minha cabeça.
isso é justo?
cães surdos que latem!
lata.
lata- infinito.
só o infinito é mensurável.
sábado, 14 de junho de 2008
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Um comentário:
no meio dessa história tem conversas fantásticas, né?
"um andarilho sem seu traje de feltro"
"Cães eletrônicos latem
na minha cabeça"
"meu peito desejou
e nada aconteceu."
firme pá caraio.
eu tive particularmente problema com o excesso de rima iguais, tem uma hora que quabra isso.
Bom sentido
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