segunda-feira, 29 de setembro de 2008

cartaz:
tudo abandono
lá, distante
como se visto num muro qualquer.
mas aqui
dou comigo mesmo sem expectativas
de um dia de sol,
não mesmo.
mas o sol vem, inevitável
que bom!
pois sei que sou irmão do sol
e nem sei se sou ele mesmo,
pois me preenche como água tomada de manhã
como cachoeira como se fosse minha irmã;
no momento cato fios num quarto escuro.
mas já desbravei o mundo, com você.
então cada fio é ponte
em cartas, desejos e palavras mas que não podem dizer
a quantidade do momento.
se pudessem diriam: a imensidão do momento agora
(in lócus) ligado a muitos outros tão verdadeiros quanto,
onde a imaginação é ser vivente
e atuante, e imagino se não sou/estou em outro lugar
senão aqui, agora.
não, não estou; estou aqui, agora.
emfim enxergo a tela na minha frente
e o devaneio se esvai como vontade flutuante,
vontade de mil, que como luzes se colam na retina;
flutuante querendo abarcar tudo que vê.
ah, imaginação, que me "engana"
e parece um outro eu (inteiro)
como se discutisse o melhor ponto de vista
pra se ser.