tag:blogger.com,1999:blog-90014222782225619342024-03-13T15:00:19.981-07:00elemento sujeitotomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-3107042787296245762014-09-10T21:14:00.000-07:002014-09-10T21:14:36.307-07:00<div>
palavra sem dor<br />
rima com cor<br />
de aurora brotando<br />
na manhã tão fria.<br />
as luzes da cidade<br />
amanhecendo a noite<br />
e os seus braços quentes<br />
cálidas conjunturas</div>
<div>
( meu coração palpável)</div>
<div>
sonhando suas branduras</div>
<br />
<div>
<br /></div>
tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-77275336088749962152014-09-10T21:04:00.003-07:002021-07-07T16:23:18.852-07:00contas de guias<br />
caiadas<br />
num céu de cobre.<br />
embaixo a cidade<br />
nunca dormia<br />
sobre seu manto cinza<br />
que em camadas escondia<br />a nudez dos dias<br />esquecidos.<br />
por vezes cochilava<br />
e seu próprio ronco<br />
acordando asas de homens<br />
que não sonhavam.<br />
no largo do paço<br />
entre avenida e outra<br />
como um ponto insistente<br />
movente e louca<br />
se derramando em<br />
asfalto, semi-deserta<br />
de homens que outrora<br />
descobriam a mesma<br />eletricidade.<br />
cidade vadia<br />
mina de luz no breu.<br />
dona sem dono<br />
nem você nem ninguém<br />nem eu.<br />
<br />tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-79821699785170189572014-09-10T21:04:00.001-07:002014-09-10T21:04:57.326-07:00poeminhasua geografia<br />
partida<br />
repetidas vezes<br />
<div>
na memória</div>
<div>
liberta o que se inicia</div>
<div>
pra compor uma nova história.</div>
<div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-53636645728216435092014-09-10T20:17:00.001-07:002022-12-10T07:38:36.128-08:00as minhas parabólicas são apenas do meu olhar<br />
tudo que vejo não é meu<br />
apenas meus olhos podem tocar.<br />
cidade- minha<br />
não- minha<br />
minha menos minha,<br />
é de todos todas as luzes.<br />
a favela se ergue<br />
acima dos prédios escuros,<br />
versos livres<br />
coração preso<br />
hoje tô tão blue<br />
abandonado<br />
não tenho dono nem preço<br />
nem peço.<br />
solitário<br />
escrevendo sob a luz do prédio ao lado.<br />
não consigo dormir<br />
o vazio pesa tanto<br />
e o um é tão pouco.<br />
Mas minhas parabólicas não me abandonam<br />
miram algum satélite<br />
achado localizado no espaço,<br />
vínculo invisível.<br />
elas me olham mesmo de costas pra mim.<br />
mais uma luz se apagou<br />
no prédio em frente<br />
não me imaginam<br />
e o poeta adormeceu.<br />
meu Deus! quantos eus!<br />
e nem sabem de mim.<br />
não tenho plano de saúde<br />
nem carro nem tv nem dvd<br />
nem um salário que preste<br />
meus amores estão longe daqui<br />
o que faço eu<br />
procurando agulha no palheiro?<br />
sem dinheiro<br />
sem alguém<br />
to igual ao cara de rua, abandonado.<br />
um calor, um lençol<br />
um cobertor <div>de uma noite só.<br />
tudo tá distante<br />
nada como antes<br />
nada como depois<br />
só hoje existe<br />
e super frágil<br />
em meio dessa cidade cinza azul vermelha,<br />
toda minha infância retorna<br />
em cheiros- imagens<br />
isso é bom ou ruim?<br />
ela não liga pra mim.<br />
só o cristo<br />
imóvel na janela mutante<br />
voando como num abraço distante.<br />
quantos amores pra trás?<br />
clandestino no meu próprio país.<br />
olhando a cidade que dorme<br />
com certeza? alguém pensa em mim<br />
nesse exato momento<br />
remédio<br />
pro mal que não tenho.<br />
consegui uma senha e um emprego<br />
de barman na lanchonete.<br />
quantos olhos vazios!<br />
de longe toca um blues<br />
eu posso ouvir<br />
parece vir<br />
da luz daquele poste e dos milhões de fios nele.<br />
a fumaça invade e não vale o que ela é!<br />
minha janela tá aberta pro mundo<br />
só que o mundo não entra no meu quarto<br />
no meu quarto,<br />
um quarto de mim.<br />
o resto espalhado por aí.<br />
se fosse só a outra metade do outro lado da cidade...<br />
mas nem isso.<br />
hoje, no meu quarto,<br />
durmo com o meu quarto,<br />
com meu 1/4<br />
do qual não posso fugir<br />
eu grito<br />
e todo mundo me ouve<br />
abrem as janelas<br />
quem é esse louco gritando por amor as quatro da manhã?<br />
e quanto a outra metade?<br />
quem vai conseguir dormir?<br />
olho pros olhos da noite<br />
brilhando com mercúrio nos olhos<br />
imagino uma chuva de sonhos<br />
e sonhos chovendo de amores.<br />
agora dores indolores<br />
cheiros inodoros<br />
labirinto de cimento<br />
tudo nesse momento.<br />
o mundo é vasto<br />
e a vida um fio<br />
caudaloso rio só no interior<br />
no interior do abrigo dos teus olhos<br />
teus olhos de antes.<br />
hoje: eu:<br />
com partimento secreto.<br />
meu avesso: de passados repleto.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">rio, abril de 2007</span></div>tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-91666613244077463382012-07-04T06:45:00.000-07:002012-07-15T12:30:05.835-07:00abundantemente esperançapreciso quero sinto é inevitável imprescindível inesgotável a vontade de deixar a esperança seguir como pluma para longe desses olhos marrons de vento e folhas soltas nos quintais do mundo tão imenso imerso no tempo da memória que as vezes penso que esperança não existe como esperança essa que se foi cedeu lugar e se cristalizou como escultura de barro fabricado pela mente só sei pensar que a esperança só existe enquanto movimento que voa a esperança só pode ser viva a esperança é a alma da coisa que sente e fala e move o ar ao redor e quando não dá mais ela vai voar e fica apenas a imagem da coisa desejada como se houvesse ainda alguma coisa e não ficou nada apenas a imagem da coisa desejada como objeto que engana e se ficarmos muito tempo parados já não veremos mais nada pois ela é movimento e parece que é cega e não liga mesmo para nós pois ela não espera conosco e ela é ar esperto e puro os que vivem a esperança viva e vivem no presente algo que só pode ser agora a esperança morta não existe mais isso é coisa da imaginação que pensa que esperança é amiga quando só sabe voar e não sabe esperar coisa que se passa e passa mesmo não pode ser como o maracujá que apodrece na gaveta é preciso de ar pra voar junto com ar que o sol não te espera estar pronto pra nascer de novo na boca do dia novo esperança fruta que não desperdiça viagem verde verde perto da noite clara quando tudo é mais quieto e a noite madura é madrugada a esperança que não vive enclausurada quando pensa que é esperança já se transformou em desespero e fica nada só o tempo parado fantasiado a ser esperança o que já é mofado ela é nossa amiga e por isso não nos espera e está sempre além das desilusões a esperança corre pro futuro é fruto e é maduro e nos quer rente dessa vida quente de acontecimentos e quem guarda tudo não sublima o impossível então deixa ser possível que ela esteja viva vivendo liberta vencendo mares sendo mares que amores sempre virão a praia quando pensares e sentires que o tempo não tolera cimento no coração a esperança não espera a esperança não espera a esperança não espera.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-22125134967980573132011-06-30T18:42:00.001-07:002011-06-30T18:46:50.694-07:00viver de amor meu bem<div>é notícia que anda sumida.</div>tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-61594431183587780172011-03-20T00:15:00.000-07:002011-03-20T00:17:56.638-07:00<span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;color:#003366;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 20px;">Te amo</span></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;color:#003366;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 20px;">sem sombra de dúvida</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;color:#003366;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 20px;">sem clarão de engano.</span></span></div>tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-9750327058401673962009-07-30T08:11:00.000-07:002009-08-10T06:49:28.139-07:00criticamente inviávelauto- crítica<br />não auto- flagelo.<br />sentir a dor<br />com gosto de caramelo<br />isso é para os zens,<br />eu nem.<br />aprendi a voar<br />foi num sonho<br />que vivi contigo<br />até despencar.<br />coisa mais<br />absurda<br />falar de amor<br />pra uma pedra surda.<br />na verdade não é bem assim,<br />eu sei, eu sei<br />tudo muda,<br />descoitado de mim.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-8893503358090131972009-07-29T17:49:00.000-07:002015-02-21T21:27:32.103-08:00da série auto-ajudadeixei o medo na última esquina.<br />
sai e virei pra minha<br />
que tava carente faz tempo.<br />
me salvei por um triz,<br />
dessa má companhia.<br />
pensei nos momentos juntos,<br />
eu me consolando nele,<br />
ele me justificando<br />
minha garganta já seca de tanta irrealidade,<br />
esses óculos escuros que mais parecem espelhos.<br />
um dia ele me deu porrada,<br />
eu só queria um carinho,<br />
do meu medo,<br />
ele me olhou, e me acertou na cara,<br />
disse que eu não era macho<br />
e colocava sempre a culpa nele.<br />
ah, foi demais,<br />
eu quis puxar a faca<br />
mas ele foi mais forte<br />
quando ia acertar ele me deu outra no cangote.<br />
aí num pude, desmaiei<br />
e olha que dei sorte.<br />
acordei no outro dia<br />
um trapo, um caco<br />
e ele ali sentado<br />
dando a maior força pro meu lado fraco.<br />
me pediu desculpa, eu perdoei.<br />
ah,mas o que eu sentia, só eu sei.<br />
e foram anos<br />
essa relação demente<br />
ele querendo frio, o que eu queria quente<br />
ele deixando longe o que eu queria rente<br />
ele fazendo sopa quando eu queria dente!<br />
pô, e quando mais precisava de me esfriar,<br />
quando a barra pesava, ele vinha esquentar<br />
foi quando eu disse não<br />
isso não presta<br />
um cara que quer<br />
a vida por buraco de fresta?<br />
e a festa?<br />
ele me conhecia,<br />
mas o que num sabia<br />
é que eu tinha a chave mestra<br />
a beleza centelha da estrela na testa.<br />
e fui, vim, deixei.<br />
abandonei o meu medo<br />
sem dó nem piedade.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-38133720920954212152009-04-23T20:02:00.000-07:002009-05-14T17:20:47.992-07:00a Elaamar é lado<br />é elo<br />é aladotomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-91289860134640879882009-04-21T22:02:00.002-07:002021-07-07T18:59:56.615-07:00<div style="text-align: left;">
<br />
Essa chuva que não me deixa dormir mas me imersa na sua tranquilidade<br />
me refresca e me esfria fazendo procurar o cobertor.<br />
a chuva: irmã gota-irmã, a parte e o todo.<br />
torço pra que esteja chovendo em toda cidade, um manto cobrindo a todos.<br />
através da chuva imagino uma onipresença, e se penso em alguma pessoa</div>
escutando, vendo e até sentindo a mesma água, sei que ela está vivendo, ao menos em parte, a mesma coisa que eu<br />
(neste momento em mim, a imaginação é tentação e desejo: mil coisas, um lugar, uma pele, o cheiro e minha solidão, que me faz voar e ao mesmo tempo me prega, me cola neste quarto de paredes brancas, quadros coloridos, duas portas cinzas e uma grande janela aberta sobre mim, como asas: a janela são asas.<br />
abdico mentalmente de todos esses desejos, mas não sou só mente, o corpo fala.<br />
(a chuva continua)<br />
um quadro na parede exala um calor úmido, fértil, enquanto o outro, um calor seco, vasto.<br />
o branco imenso da parede apaga os dois, a chuva na noite escura acende os tres e a minha solidão acolhe os quatro, e muito mais.<br />
(a chuva criou riachos)<br />
a chuva expulsou para a luz do meu quarto uma nuvem de insetos,<br />
que serão meus companheiros nessa noite. para eles não existe propriedade, apenas espaço.<br />
impressionante: estou em um lugar que não estou, ou não sei o quanto estou.<br />
sentimento-hotel<br />
fuga ou busca?<br />
( a chuva virou cachoeira)<br />
(o que só aumenta meu devaneio de amor)<br />
...<br />
Amanheci<br />
a luz amarela da lâmpada deu lugar a luz branda desse dia chuvoso<br />
( a chuva agora é cachoeira caudalosa de rio antigo)<br />
eu acordei como continuação de mim mesmo e a chuva como continuação dela mesma em mim mesmo.<br />
porque a chuva invoca tantas memórias, tantos sentidos?<br />
essa chuva, de hoje, é idêntica aquela chuva de quando eu era criança, parece a mesma chuva, da mesma água, com o mesmo nome, essa chuva é uma revolta da percepção.<br />
Tudo fica mais si mesmo num dia de chuva, o sol já não explode nem expande as cores, todos os objetos, plantas,coisas ficam reduzidos na sua dimensão exata, plantadas no lugar onde estão, sozinhos, acalmados no seu próprio eu; a terra se faz mais vista, se faz repouso ativo, brotando cada planta no seu momento único, sustentando cada ser na sua vivência única.<br />
É difícil uma chuva que não traga um mínimo de frio. durante a chuva( que salpica minha pele com gotas frias pela janela) o desejo é de me unir, acalorar, juntar os fluidos, os olhos , os sabores aos de outra pessoa e até sair pro quintal e tomar um banho, abrir os braços, olhar pro céu, dar ao corpo ser lavado, com água primordial, ser natureza enraizada no momento agora.<br />
meu quarto agora é um vazio, e toda a casa um vazio de lar, só o verde das árvores me penetram, ou me assemelham, como se eu fosse por dentro o mesmo verde da mesma matéria querendo ser avesso pra ser na chuva como as árvores. dentro de mim agora existe uma cachoeira, pedras e mata fechada, ela é cristalina e não muito grande, mas do tamanho necessário pra me banhar com fartura e até muito me espantar com a sua potência.<br />
não estou sozinho, ou melhor, sei que estou sozinho nessa casa, já fui até a varanda que fica ao lado de uma pequena floresta, olhei a chuva, as plantas com o verde concentrado e o movimento ininterrupto, o cinza-branco do céu refletido nas folhas molhadas, voltei, olhei (olho) pelas janelas que dão para a cidade, que é pura vida, imaginada, pois todos estão em casa e vejo apenas pouquíssimas pessoas, algumas luzes ainda acesas, os apartamentos, as árvores: cada ponto uma riqueza. em frente a minha janela tem um quintal que parece uma roça: uma casinha de sapê, telhado de calha, e uma imensidão de plantas no terreiro, o chão de terra. quanto a cidade, pareço ser íntimo, e alheio ao mesmo tempo. será que consigo olhar pra todas essas casas e suas possibilidades com o alheamento necessário? real? talvez. mas desejo um pouquinho de cada, um espaço de cada, um toque de cada, por isso é difícil, mas vejo ser necessário, trazer pra cá toda a riqueza do meu lugar aqui, agora, fazer dele o melhor e mais possível dos lugares, o meu templo e minha porta, de movimento, meu incenso que exala ouro. hoje, agora, é muito bom que as parabólicas da paisagem estejam de costas pra mim, alheias, como robôs captando outras friezas tão diferentes dos meus inflamáveis desejos.<br />
(a chuva continua)<br />
tudo isso: sentimento de mata adentro, elemento primordial: espaço, ar. natureza, voo além da cidade que só oferece cimento e fumaça, compartimentos modulados e raras ruínas.<br />
ruínas: foram os olhos, os toques, os passos que a fizeram, que a moldaram. as ruínas não são a falta de elementos, a ausência, o vazio, mas sim o excesso, o grande excesso de vida de toque de tempo.<br />
hoje, nessa chuva, a cidade parece tão viva e mitológica quanto as ruínas, com apenas indícios, vestígios e luzes(pontos) pulsantes, quase alagada, na altura certa, por essa chuva monumental.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-54247587561689320122009-04-13T22:03:00.000-07:002009-04-13T22:07:37.175-07:00poesiaDeixa falar todas as coisas visíveis<br />deixa falar a aparência das coisas que vivem no tempo<br />deixa, suas vozes serão abafadas.<br />A voz imensa que dorme no mistério sufocará a todas.<br />Deixa, que tudo só frutificará<br />na atmosfera sobrenatural da poesia.<br /> <br /><br /> João Cabral de Melo Netotomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-75123881207665949172009-04-13T21:51:00.000-07:002009-04-13T22:25:13.576-07:00veramos<span style="font-size:78%;">a Pedro</span><br /><br /><br />escrever<br />na noite<br />o silêncio é tinta.<br />e pinta<br />minha pele toda<br />com hieróglifos de amor-distante.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-68043002741694891112009-04-13T10:13:00.001-07:002018-12-12T09:17:33.243-08:00já não resta nada.<br />
agora, nem o barulho do ventilador.<br />
a fumaça sumiu no ar de dez minutos atrás<br />
e na varanda, mínima, ficou a impresença.<br />
os vestígios vão como fio de luz<br />
que aos poucos na noite sórdida<br />
apagou o último rastro de memória.<br />
será que minha carne se lembrará do cheiro?<br />
será que o cheiro se lembrará da carne?<br />
hoje, cada objeto no seu lugar.<br />
o frio já não existe como poesia,<br />
e a mulher saiu como se fosse outra,<br />
outra que sempre tivera sido outra<br />
e nos olhos o estupor de não ter sido ela; algo dela.<br />
em meu terreno a se adentrar.<br />
florestas tropicais<br />
desertos e rios e aflúvios e praias e olhos e vento e ar<br />
tudo na cartografia delirante<br />
de um corpo movente.<br />
e meus pêlos ainda<br />
se lembravam de ti.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-50690641713371608202009-04-09T08:42:00.000-07:002018-12-12T09:19:31.559-08:00ele, na noite, da foguera<span style="font-size: 78%;">a Alberto</span><br />
<br />
eis que a rosa se deita<br />
caliente, silente<br />
bem em frente a janela de sua alma.<br />
como crer e decifrar<br />
essa beleza infinda porque incompleta?<br />
ser da cor de suas asas o âmago de seu desejo<br />
e ser de dentro essa amplitude de paisagem<br />
que derrama em seu sertão<br />
toda vertigem de oásis cálido, molhado.<br />
eu ví como vagavas de olhos abertos<br />
no devaneio dos mundos de amor<br />
e voando, se fazia nu<br />
vestindo apenas fantasias de um corpo sedento,<br />
fazendo apenas melodias incertas e precisas<br />
quando seguia expandindo os espaços de seus horizontes secos.<br />
eis que se chega em uma fonte<br />
tão escondida que revelada, pois desejada ardentemente,<br />
e jorrava até milhões de espaços além de teus olhos.<br />
e ví o rastro dessa fonte selvagem, senti seu cheiro,<br />
em pleno mar. e olhava para as montanhas.<br />
tão distantes que seria possível?<br />
e escorre o fio de água doce,uma poça, pura cristalina<br />
iluminada pelo sol dentro dos olhos do homem amante,<br />
que hoje se faz homem, que descobriu na noite<br />
e no calor, movimento do fogo<br />
vencendo medo e vontade de morte, bebendo fogo tão íntimo,<br />
o que é vir a ser o homem, um homem.<br />
nas canções que perpassam amores<br />
de planta nascida em sertão ardente<br />
eis que brilha uma estrela<br />
e de longe te marca na pele, com fogo,<br />
o brilho de saber-se um, uno.<br />
ah! olhos de cosmos<br />
vida de vento<br />
fogo de ar...<br />
o menino saboreando a fruta<br />
sem saber que a fonte infinda<br />
e o sabor da manhã eram a própria vida<br />
inteira e íntima e desconhecida,<br />
que virou quintal a árvore e a respiração.<br />
volta a noite pro coração do homem<br />
que é onde as estrelas brilham<br />
e o medo um vácuo de nada existir<br />
e espaço e surdez e vazios<br />
vagando errantes e solitários.<br />
que pedra que voa!<br />
que ar ao redor!<br />
dessa noite tão incógnita e vasta e pura.<br />
e vasto no coração do homem.<br />
ele acorda,<br />
vê o pássaro<br />
deitada no botão do dia,<br />
e viu que era manhã cedo<br />
e a música que tocava era da aurora dos dias<br />
e viu que tinha café, pão e fruta<br />
e viu que a vida realmente acontecia<br />
dentro e móvel<br />
do seu âmago mais profundo<br />
querido e desejado.<br />
abriram-se o dia e a noite<br />
só que agora<br />
já não era vasta e vazia e horrenda<br />
mas sim, o deitar na pétala de uma flor<br />
e ser o tempo<br />
como se todas as estrelas brilhassem<br />
no seu peito agora.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-82956795230565993442009-04-08T17:51:00.000-07:002009-04-11T18:44:39.663-07:00alguma coisa<br />baseado<br />na calma<br />pra extinguir palavras<br />pra saciar movimentos<br />pra deixar apenas ser<br />dos olhos, a mente do momento.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-18885463847059071552009-03-20T14:50:00.000-07:002009-03-20T15:00:54.100-07:00amora-tem-po-ral,<br /><br />que o amor seja uma fonte.<br />que guardo (livre) em minha infância.<br />a des-cobrir-me<br />a in-ventar-me,<br />a es-correr<br />na boca da aurora<br />da manhã seguintetomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-9571156366063245092009-03-18T19:08:00.000-07:002009-03-18T19:09:10.821-07:00planta cimento que ele cresce>>>tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-45603106014480440042009-03-17T20:54:00.000-07:002009-03-18T08:31:33.881-07:00blá blá blátô cansado<br />de saber que você<br />tá cansada<br />de saber que eu<br />tô cansado<br />de saber que você<br />tá cansada.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-23068650051102630172009-03-17T20:38:00.000-07:002009-03-17T20:41:12.688-07:00vem ti fica<br />que é bom<br />e passa com o ar<br />que o que sobrar<br />vou mandar<br />construir de ar<br />um lugar pra gente morar<br />rememorar<br />memória... ria<br />sorria<br />a gente se amou um dia!tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-62050385804002835312009-03-17T19:54:00.000-07:002009-03-17T19:55:37.634-07:00se amor for logia do se?tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-54420274693881909112009-03-17T19:47:00.001-07:002009-03-18T18:34:30.471-07:00tudo de pé.<br />até mesmo uma dúvida<br />latente<br />minha identidade<br />e a mentira da gentetomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-49342713455694520612009-03-14T01:59:00.000-07:002009-03-14T02:01:17.930-07:00<span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 255);">o amanhecer</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 255);">é Lindo</span><br /></span>tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-56687488491351875552009-03-07T05:46:00.001-08:002009-03-07T09:20:41.398-08:00<span style="color: rgb(255, 153, 255);">felicidade é sobresalto de natureza...</span>tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9001422278222561934.post-44039006536213077952009-03-06T19:42:00.001-08:002009-03-06T19:42:47.874-08:00norte pra razãolibra já me dava seus indícios há bastante tempo.<br />esse lance de contar quantos passos de um poste pro outro,<br />de procurar a letra do meio pra clicar na palavra<br />de prender a respiração de um ponto a um outro<br />de mudar de opinião várias vezes num discurso,<br />ou num curso de idéias.<br />esse lance de equilibrar<br />pode mesmo ser de libra,<br />ou pode simplesmente ser indício<br />do desequilíbrio em mim.<br />de procurar em mim, a título de brincadeira,<br />um espaço, um tempo,<br />e fixar nele um norte pra razão.tomazmussohttp://www.blogger.com/profile/08528285249499507032noreply@blogger.com3