quarta-feira, 10 de setembro de 2014

contas de guias
caiadas
num céu de cobre.
embaixo a cidade
nunca dormia
sobre seu manto cinza
que em camadas escondia
a nudez dos dias
esquecidos.
por vezes cochilava
e seu próprio ronco
acordando asas de homens
que não sonhavam.
no largo do paço
entre avenida e outra
como um ponto insistente
movente e louca
se derramando em
asfalto, semi-deserta
de homens que outrora
descobriam a mesma
eletricidade.
cidade vadia
mina de luz no breu.
dona sem dono
nem você nem ninguém
nem eu.

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